terça-feira, 24 de julho de 2007

SEMPRE MENINA






Quando menina,
Com medo do lobo mau,
Quisera crescer
Pra ser igual a mim...
Ah! Se eu soubesse
Que crescer dói bem
mais que o medo
Que sentia...!!
Vou me esconder
da mulher de hoje,
e, sem medo,
encontrar-me
na menina que
ainda vive em mim...


Izabel Dias
Publicado no Recanto das Letras em 17/07/2007Código do texto: T568414

quarta-feira, 18 de julho de 2007

CORPO E ALMA



A noite alforria suas sombras,
E seus fantasmas,
Deixa minh’alma
em constante conflito
com meu corpo.
Ela sabe voar e ir
ao encontro da Paz;
Procura-te em sonhos
e consegue suprir a
necessidade de carinhos,
a falta que me faz...
Mas o corpo, obstinado,
perece na matéria do meu eu;
Teima em aprisioná-la,
torná-la escrava dos ciúmes.
Visões e sentimentos
se confundem.
Minhas idéias
lançam gritos de dor,
gotejam lágrimas sentidas,
transbordando o rio,
que se recusa a secar.
Talvez, fosse eu:
o etéreo...
a brisa que toca tua face,
ou a luz que ilumina
os teus dias,
e eu traria muita paz,
aqueceria tua alma,
seria o teu Sol,
O nosso calor...
Não veria mais o breu da noite
E estaria, pra sempre,
Aconchegada no teu peito...
Quanto a mim,
eu seria só AMOR.

Izabel Dias
Publicado no Recanto das Letras em 01/07/2007Código do texto: T548501

NÃO SOU SANTA!!




Preciso gritar,
quebrar a imagem santa.
Virar tudo do avesso,
sem que me perca
de mim e de teu amor.
Sou como a lua,
tua amada, mas
tenho apenas uma fase,
Sou crescente...
A cada dia,
Sou paixão e desejo,
e não me escondo entre
as nuvens.
Não quero altar e
nem oração.
Vou soltar a outra
que há em mim...
Apresentar-te a “mulher louca”
Apaixonada e ousada,
Que domina sentimentos,
encharca tua visão de amor
E sem censura,
Rasga tua pele...
Te faz homem sem demora,
E a cada dia,Todo dia...
Rezarás comigo
O amor mais verdadeiro.
Sou a louca
e não a santa,
e meu altar,
é teu corpo,
Meu amor...

Izabel Dias
Publicado no Recanto das Letras em 24/06/2007Código do texto: T539511

domingo, 1 de julho de 2007

DESPEDIDA...



Somos viajantes.
Passageiros desta embarcação
chamada VIDA.
Faço dela,
minha alegria, mas
muitas vezes penso
na despedida...
Não quero desembarcar ainda,
Saltar tão cedo desta nau,
que, muitas vezes já foi
ao rochedo,
Mas, desviada pelo destino
(Olhar atento do pai)
Voltou ao seu curso normal.
Ah! vida linda!
Eu quero ficar por aqui.
Tantos sonhos ainda tenho
pra sonhar e viver,
Muitas letras pra ajuntar, e,
Só depois,
Bem depois...
Certamente,Irei perder pra ganhar...
Guardar meu sorriso
na caixinha de pandora
E daí...só daí
irei embora...
(Izabel Dias)
Publicado no Recanto das Letras em 02/06/2007Código do texto: T511380