domingo, 20 de maio de 2007

E U, P I A N O



Faz tempo que te conheço,
desde os tempos de garoto;
sou seu primeiro amor,
e sei, sentias minha falta.

Suas mãos macias faceiras ,
ligeiras, insanas,
eu adoro sentí-las...
mesmo quando dizes
que me odeias;
eu me calo, aceito
e choro sangue
em seus dedos...

Eu sei o que vai
em seu coração...
porque te sinto
no emocionado som,
que me tiras,
em tantos tons,
em partituras
de amor e paixão.

Sou mais que amante,
Sou teu amor...
Encho-te de desejo
e retribuies em arpejos
que chegam ao Céu,
ao léu, no ar...

Hoje eu voltei...
Quero o seu abraço,
o seu amasso...
Num 'dolce' compasso
deste amor, bonito...

E aqui,
no nosso mundo
encantado,
Sou o seu eterno concerto...
Estou em você,
Você está em mim...
Sou o seu princípio e fim...
Sou seu Piano.

(Izabel Dias, 19/05/2007)


quinta-feira, 17 de maio de 2007

P O E S I A




Uma porta ficou semi-aberta...
e no grito de silêncio que
explodiu em meu peito,
Te encontrei...
Quebraram-se as barreiras.
Desnudaram-se as palavras...
Sentimentos livres e urgentes.
Quero gritar,
soltar as amarras.
Lágrimas ao vento,
tornam-se cristais de amor...
Sonhos perdido no tempo,
hoje voltam em palavras esquecidas
pelo anseio da vida por si mesma.
Preciso versar,
matizar nosso amor.
O Sonho acordou,
nas palavras,
no calor,
no momento,
no vento,
e com você,
Minha POESIA...

Izabel Dias
Publicado no Recanto das Letras em 17/05/2007
Código do texto: T490509

sábado, 12 de maio de 2007

MATER LUCES (Homenagem às Mães)












Mãezinha,


Não entendia o que se passava com você,
quando aconchegada eu estava
no cantinho de teu ventre.
Quisera mais espaço pra crescer, e
sempre te apertava mais um pouco;
Você, boazinha, deixava,
me acarinhava, e sua barriga ia esticando...
Achava graça quando eu te acordava
e pedia a minha comida desejada...
mas não entendia porque logo depois,
você jogava tudo na pia do banheiro.
Ouvia tua voz dizer que sentia dores
nas costas, sem saber que era eu,
que tanto te pesava...
Reviraste na cama sem dormir,
porque eu te incomodava,
mas no fundo, no fundo.... eu só queria
brincar, me esticar, e, sem querer,
tua barriga eu chutava toda contente!
O tempo passou tão rápido, e vi você
rir e chorar ao me ter em teus braços...
Ainda não sei, mãezinha,
onde era melhor morar;
se no calor do aconchego de teu ventre
ou na doçura e no embalo de teus braços...



Izabel Dias
Publicado no Recanto das Letras em 12/05/2007
Código do texto: T485109

VOCÊ, PERFUME...

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Te fizeram da mesma essência
de outras flôres...

Mas teu perfume é singular,
pois tem a força das marés
e a leveza do flutuar.

Tem a medida exata,
que embriaga...
Por onde passas,
Teu aroma afaga,
inebria, contagia
encanta...
e extasia.

Absorvo-te n´alma
te guardo no peito.
Tu és sindrome
e essência de meu viver...

Transforma meu
mundo encantado;
desarruma e arranca
o desejo assanhado...
que acorda em mim...

Te pressinto
em meus sentimentos
e sentidos...
Sempre será chegada a hora
de dizer baixinho agora:
-- chega mais,
meu perfume favorito(!) ...

(Izabel Dias 11/05/2007)

terça-feira, 8 de maio de 2007

P U Z Z L E






No balanço da vida,
horas de contradições,
erros e acertos.
Me desmonto,
Me perco e
Me acho.
Sou um Puzzler.
Pedaços espalhados,
Fora de lugar.
Pontas sobrando,
Rugas também...
A mente observando...
Caos instaurado.
Coração na mão...
E o peito, por que dói?
Se aparar uma aresta,
Encaixa.
Encontro um lugar,
Mas o encaixe é falso.
Não posso aparar arestas.
Não sou de papel.
Sem mudar a arquitetura
Preciso do encaixe perfeito.
Faltam peças,
Faltam cores...
Já não estão mais aqui.
Vou procurar,
No céu, no mar, no ar...
Ou quem sabe,
em teu olhar...

(Izabel Dias 08/05/2007)


domingo, 6 de maio de 2007

P E D I D O





Preciso um pouco
de tua luz
que ilumina...
e mostra o caminho
por onde ir!
Um facho apenas,
e já te enxergo
até no infinito.

Preciso um pouco de tua paz,
clara como a noite de luar;
que me levará sem curvas
ao centro do seu coração.

Preciso viver
na tua lembrança,
aroma esperança,
cheiro de saudade;
te visualizar em sonho,
pra te encontrar no amor!

(Izabel Dias 06/05/2007)

terça-feira, 1 de maio de 2007

VÔO SEM ASAS



Se livre te deixo
Corto-lhe as asas,
Não voas.
Se prendo-te
Dou-lhe asas,
Não voas.
Sem asas
Não podes voar.
Sem espaço
Não sabes voar.
Nas asas da
Imaginação,
Você pode e
Sabe voar,
Vem?

(Izabel Dias)