sábado, 12 de maio de 2007

MATER LUCES (Homenagem às Mães)












Mãezinha,


Não entendia o que se passava com você,
quando aconchegada eu estava
no cantinho de teu ventre.
Quisera mais espaço pra crescer, e
sempre te apertava mais um pouco;
Você, boazinha, deixava,
me acarinhava, e sua barriga ia esticando...
Achava graça quando eu te acordava
e pedia a minha comida desejada...
mas não entendia porque logo depois,
você jogava tudo na pia do banheiro.
Ouvia tua voz dizer que sentia dores
nas costas, sem saber que era eu,
que tanto te pesava...
Reviraste na cama sem dormir,
porque eu te incomodava,
mas no fundo, no fundo.... eu só queria
brincar, me esticar, e, sem querer,
tua barriga eu chutava toda contente!
O tempo passou tão rápido, e vi você
rir e chorar ao me ter em teus braços...
Ainda não sei, mãezinha,
onde era melhor morar;
se no calor do aconchego de teu ventre
ou na doçura e no embalo de teus braços...



Izabel Dias
Publicado no Recanto das Letras em 12/05/2007
Código do texto: T485109

VOCÊ, PERFUME...

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Te fizeram da mesma essência
de outras flôres...

Mas teu perfume é singular,
pois tem a força das marés
e a leveza do flutuar.

Tem a medida exata,
que embriaga...
Por onde passas,
Teu aroma afaga,
inebria, contagia
encanta...
e extasia.

Absorvo-te n´alma
te guardo no peito.
Tu és sindrome
e essência de meu viver...

Transforma meu
mundo encantado;
desarruma e arranca
o desejo assanhado...
que acorda em mim...

Te pressinto
em meus sentimentos
e sentidos...
Sempre será chegada a hora
de dizer baixinho agora:
-- chega mais,
meu perfume favorito(!) ...

(Izabel Dias 11/05/2007)