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Sou como a planta do deserto
que, sedenta, espera a chuva,
e a demora, manda as folhas
embora com o vento,
deixando tão somente
o desejo de novas folhas...
O caule, solitário,
se curva aos ventos chorando,
mas não se entrega nunca.
Quando finalmente a chuva chega,
é como o amor...
A sede é saciada e a vida
renasce em brotos de esperanças
que florescem na primavera do meu ser.
Izabel Dias
Publicado no Recanto das Letras em 16/09/2007
Código do texto: T654780
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